Operação mira ‘Povo de Israel’, facção com 18 mil detentos que girou R$ 70 milhões em 2 anos com o golpe do falso sequestro

  • 22/10/2024
De posse de celulares, segundo a investigação da Delegacia Antissequestro, eles praticam o golpe do falso sequestro e já reúnem 18 mil integrantes. Cinco policiais penais são investigados por envolvimento com a organização criminosa. A Polícia Civil do RJ iniciou nesta terça-feira (22) a Operação 13 Aldeias, contra uma quadrilha que, de dentro dos presídios, faz centenas de vítimas todos os dias com o golpe do falso sequestro. O Povo de Israel surgiu há 20 anos e hoje conta com 18 mil integrantes, quase todos encarcerados em 13 unidades prisionais — dominadas pela facção e chamadas de “aldeias”. O trabalho de investigação da DAS — que conta com o apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Subsecretaria de Inteligência da Administração Penitenciária — conseguiu provar que a organização criminosa movimentou quase R$ 70 milhões em operações bancárias, realizadas somente entre janeiro de 2022 e maio deste ano. Agentes da Delegacia Antissequestro (DAS) saíram para cumprir 44 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estão 5 policiais penais suspeitos de ajudar os criminosos. O Povo de Israel foi fundado em 2004 por renegados por outras denominações — muitos são estupradores e pedófilos. De posse de celulares, que entram ilegalmente dentro dos presídios, eles criaram uma indústria de extorsões. De acordo com a Polícia Civil, 1.663 pessoas físicas e 201 pessoas jurídicas foram utilizadas para fazer circular o dinheiro. Nelson Hungria, a ‘central da extorsão’ Ainda segundo as investigações da DAS, a base central da facção é o Presídio Nelson Hungria, que fica dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste da cidade. Chefes do Povo de Israel são alvos da ação desta terça: Marcelo Oliveira, o Tomate; Avelino Gonçalves, o Alvinho; Ricardo Martins, o Da Lua; e Jailson Barbosa, o Nem. Segundo a Polícia Civil, o inquérito mostra que há uma clara divisão de tarefas e funções dentro da organização. São chamados de “empresários” os presos responsáveis por obter o celular que será usado dentro da cadeia. O apelido de “ladrão” é para aquele que faz as ligações para as vítimas, simulando vozes de parentes que estariam supostamente em poder da quadrilha. Tem também os “laranjas”, aliados fora das prisões que recebem o dinheiro obtido nos crimes. Foi descoberto, por exemplo, que a quadrilha já tem ramificações no Espírito Santo e em São Paulo, com pessoas que recebem o dinheiro das extorsões em contas bancárias.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/10/22/operacao-povo-de-israel-nas-cadeias-contra-o-golpe-do-falso-sequestro.ghtml


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